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são paulo delirante

'são paulo delirante' é uma investigação iniciada em 2019 e retomada com mais afinco em 2020, principalmente durante o período pandêmico, que mescla dois assuntos de especial interesse de Irineo: a cidade e a psicologia humana. qual o efeito que uma pode ter sobra a outra? a partir deste questionamento, dois são os elementos norteadores do trabalho: o fato de que a cidade de São Paulo é a metrópole com maior prevalência de transtornos mentais do mundo (Pesquisa Mundial sobre Saúde Mental, iniciativa OMS, 2012) e, aliados a esse dado, as próprias inquietações, ansiedade e medos pessoais do artista. 

na produção desta série, Irineo trabalha sentimentos como acrofobia (medo mórbido de altura), o incômodo com multidões, o desgaste causado pelo ritmo às vezes por demais acelerado da vida na cidade grande e, mais recentemente, as angústias com a epidemia e o isolamento social. a cidade, vista de uma janela, de um terraço, de uma cobertura, ou mesmo vivenciada nas ruas, traz à tona estas sensações que variam de intensidade ao longo do tempo e podem se mostrar tão opressivas a ponto de desencadear os distúrbios. 

através de técnicas como o movimento intencional da câmera (ICM), das luzes trêmulas, do alto contraste ou das cores carregadas, o artista tenta aqui compreender a origem dessas emoções - são elas provocadas pelo meio urbano ou são apenas fruto dos seus próprios processos psíquicos? - para aí encontrar algum sentido no caos e, assim também, o seu espaço num ambiente tão denso e complexo. 

sem título
as coisas que perdemos para as chamas
simetria perfeita
cinco ou quatro vezes
sem título
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centro das ambições
sem título
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a cidade só cresce
sem título
nada é o que parece
as noites que você passa ao lado do telefone
preso aqui no meio
sem título
sem título
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um passo à frente
sem título
sem título
sem título
como um satélite na noite perdida
sem título
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sem título
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sem título
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sem título
sem título
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sem título
sem título
sem título
sem título
sem título
sem título
sem título
sem título
sem título
sem título
sem título
tão longe
sem título
muito a dizer
tão longe
pela primeira vez
desejo digital
anos intermináveis
o mundo ainda gira
a estrela mais brilhante
vertigem hipnótica
meio mundo de distância
dois passos pra trás
longe dos olhos tristes
logo antes do céu escurecer
sinais e bandeiras vermelhas
no final da estrada
nada foi tão bom II
mais uma chance
nada foi tão bom
imensamente admirável
um pra sempre
o som e a fúria
quatro mil anos atrás
pensando demais
o lugar de onde nunca deveríamos ter saí
medos frustrados
atravessando o farol vermelho
batendo como um martelo
viva aqueles sonhos
curto-circuito
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